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2500 cobras vivem em ilha localizada em SP: Segunda maior concentração do mundo

A Ilha da Queimada Grande, situada a 35 km da costa sul de São Paulo, é lar de cerca de 2.500 cobras, tornando-se o segundo local com maior densidade de serpentes no planeta, atrás apenas da Ilha de Shedao, na China. Com 430 mil m² de solo rochoso e praias sem faixas de areia, a ilha não é um destino turístico comum, mas é um paraíso para herpetólogos devido à sua notável população de répteis.

Entre as espécies que habitam a ilha, destaca-se a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), uma cobra endêmica e criticamente ameaçada. Esta espécie evoluiu de uma população continental isolada após o aumento do nível do mar durante a última Era Glacial. Adaptada ao ambiente restrito da ilha, a jararaca-ilhoa desenvolveu hábitos arborícolas e características físicas distintas, como uma cauda mais longa e um coração posicionado mais à frente para facilitar a circulação sanguínea em posição vertical.

A Ilha da Queimada Grande também abriga a dormideira (Dipsas albifrons cavalheiroi), que é menos frequente e tem características mais comuns às cobras continentais. Além das serpentes, a ilha é habitat de anfíbios, lagartos e aves, tanto migratórias quanto permanentes.

Historicamente, a ilha foi visitada pela primeira vez em 1532 por Martim Afonso de Souza, e recebeu o nome de “Queimada Grande” devido às queimadas realizadas para controlar a população de cobras. Atualmente, o Instituto Butantan realiza pesquisas e mantém uma população de jararacas-ilhoa em cativeiro, visando preservar a espécie ameaçada e garantir sua sobrevivência.

A preservação da jararaca-ilhoa é crucial, pois sua extinção significaria a perda irreparável de uma espécie única, evidenciando a importância de esforços contínuos de conservação.

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