300 milhões de pessoas estão se preparando para aposentadoria na China
Na vastidão dos campos chineses, Huanchun Cao, um agricultor de 72 anos, trabalha incansavelmente, sem a perspectiva de uma aposentadoria. Como ele, milhões enfrentam o desafio de se sustentar em uma economia em desaceleração e uma rede de previdência em crise.
Com a próxima década trazendo a saída de cerca de 300 milhões de pessoas da força de trabalho, a China enfrenta uma crise demográfica crescente. A política do filho único, aliada à redução de programas governamentais, exacerbou a situação, deixando muitos idosos sem apoio financeiro.
Guohui Tang, ex-operadora de escavadeira, viu na abertura de uma casa de repouso uma maneira de garantir sua própria segurança financeira na velhice. Enquanto isso, Vovó Feng e seu marido encontraram abrigo em uma casa de repouso financiada por suas aposentadorias.
Entretanto, mesmo para aqueles com aposentadorias decentes, como Feng, a situação é desafiadora. O custo de vida em casas de repouso privadas ainda é alto, deixando dúvidas sobre a sustentabilidade dessas instalações no longo prazo.
Diante desse cenário, a China busca soluções experimentais, como casas de repouso financiadas por empresas privadas. No entanto, o sucesso dessas iniciativas permanece incerto, especialmente considerando os desafios financeiros enfrentados pelas empresas e pelo próprio governo.
Enquanto alguns, como Shuishui, encontram novas oportunidades na chamada “economia dos cabelos prateados”, modelando para promover um envelhecimento positivo, outros, como Cao, continuam trabalhando até onde podem, enfrentando um futuro incerto e a dependência dos filhos.