5 milhões de brasileiros podem estar com o saldo do FGTS abaixo do que deveriam
Um levantamento recente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT) revela que até cinco milhões de brasileiros podem ter um saldo menor em suas contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do que o devido. A razão para essa discrepância é a inadimplência de mais de 215 mil empresas, que estão inscritas na Dívida Ativa da União por não realizar os depósitos obrigatórios. O montante total da dívida chega a R$ 45,8 bilhões.
Mário Avelino, presidente do IFGT, destaca a necessidade de os trabalhadores monitorarem seus depósitos de FGTS. “Falta educação trabalhista. Os trabalhadores precisam checar se o depósito está sendo realizado corretamente. O app Meu FGTS da Caixa Econômica Federal é uma ferramenta útil para isso,” afirma Avelino.
Os trabalhadores devem estar atentos e, se encontrarem irregularidades, cobrar dos empregadores. Caso estejam com dificuldades, é possível buscar assistência legal após a saída da empresa, com um prazo de até dois anos para ajuizar uma ação trabalhista, podendo reivindicar até cinco anos de depósitos em atraso.
O IFGT também está conduzindo uma pesquisa para avaliar o conhecimento dos trabalhadores sobre o FGTS não depositado. A pesquisa está disponível até 30 de setembro no site www.fundodegarantia.org.br.
Para verificar o saldo do FGTS, os trabalhadores podem usar o aplicativo FGTS, disponível para Android e iOS, ou consultar o extrato pelo internet banking, se forem clientes da Caixa Econômica. Se necessário, o extrato pode ser obtido pessoalmente em uma agência da Caixa.
Se o empregador não estiver realizando os depósitos, Avelino recomenda procurar o setor responsável na empresa. Persistindo o problema, os trabalhadores devem denunciar à Delegacia Regional do Trabalho, ao Ministério Público do Trabalho, à Superintendência do Ministério do Trabalho ou ao sindicato da categoria.