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Novo presidente argentino dá nó em pingo d’água e Peso melhora 25% contra o Dólar

O Peso argentino experimentou uma valorização significativa de 25% em relação ao Dólar desde a eleição de Javier Milei para a presidência da Argentina. A recuperação da moeda nacional tem surpreendido economistas e investidores, superando o desempenho de 148 moedas monitoradas pelo site Bloomberg.

A guinada positiva para a economia argentina parece estar diretamente ligada às medidas de controle de gastos públicos adotadas por Milei. O presidente tomou iniciativas ousadas para conter a inflação, que havia atingido um ritmo anual próximo de 300% sob o governo anterior, do kirchnerismo. Os cortes nos gastos públicos somam cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, com estimativas do Banco Central indicando que o ajuste pode ser o maior visto no mundo nas últimas décadas.

Javier Casabal, chefe de pesquisa da AdCap Grupo Financiero, comentou que o novo presidente está disposto a enfrentar o custo político da austeridade, algo raro entre líderes mundiais. Essa postura tem permitido ao Banco Central da Argentina entrar no mercado diariamente para comprar dólares e reforçar as reservas internacionais. Enquanto isso, outros bancos centrais ao redor do mundo têm feito o oposto para conter a força do Dólar.

Na segunda-feira 22, Milei anunciou um superávit primário fiscal de 0,2% do PIB no primeiro trimestre, um feito inédito na Argentina desde 2008. O presidente celebrou os resultados fiscais de março, destacando que “déficit zero” é um mandamento para seu governo. O pronunciamento desencadeou reações positivas no mercado financeiro, com ações argentinas registrando forte alta nas bolsas nacionais e internacionais.

Apesar do otimismo no mercado, Milei enfrenta resistência de parte da população. Durante seu pronunciamento, houve protestos com panelaços em bairros de Buenos Aires. Além disso, o ministro da Economia, Luis Caputo, recebeu críticas sobre a direção econômica do país, mas o presidente demonstrou seu apoio incondicional.

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