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Crescimento de 11,5% é registrado no rendimento domiciliar brasileiro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados reveladores sobre o rendimento médio domiciliar per capita do Brasil em 2023, demonstrando um avanço significativo na economia do país. 

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o rendimento médio mensal domiciliar per capita alcançou o valor recorde de R$ 1.848, representando um crescimento notável de 11,5% em relação ao ano anterior, quando estava em R$ 1.658.

Esse marco econômico, o mais alto já registrado no país, destaca-se como um indicador positivo do progresso financeiro dos brasileiros, após um período desafiador marcado pela pandemia da COVID-19. 

Vale ressaltar que o recorde anterior havia sido estabelecido em 2019, com R$ 1.744, ano que precedeu os impactos econômicos da crise sanitária global.

Dados de pesquisa do IBGE

O relatório do IBGE revela que, em 2023, cerca de 140 milhões de brasileiros, equivalente a 64,9% da população, tinham algum tipo de rendimento, o que representa a maior proporção registrada desde o início da pesquisa em 2012.

Em contraste, em 2022, esse índice era de 62,6%, alcançando seu nível mais baixo em 2021, durante o ápice da pandemia, com 59,8%.

No que diz respeito ao rendimento do trabalho, aproximadamente 99,2 milhões de pessoas (46% da população) obtiveram rendimentos por meio de formas de trabalho em 2023, enquanto 56 milhões (26% da população) obtiveram rendimentos por meio de outras fontes.

Rendimento médio dos brasileiros

O rendimento médio mensal proveniente de todos os trabalhos foi estimado em R$ 2.979 em 2023, registrando um aumento de 7,2% em relação ao ano anterior. 

No entanto, é importante observar que o pico máximo foi atingido em 2020, durante os estágios iniciais da pandemia, quando alcançou R$ 3.028. 

Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa, alerta que esse valor máximo não reflete necessariamente um dinamismo no mercado de trabalho, mas sim uma alteração na composição da população ocupada, com a eliminação de empregos informais e de menor remuneração.

Outras fontes de renda

Além disso, o rendimento médio de outras fontes, excluindo o trabalho, aumentou para R$ 1.837, um recorde histórico. 

Observando a composição do rendimento total dos brasileiros, o IBGE identificou que o trabalho representava 74,2% do total, enquanto outras fontes, como aposentadoria, pensão, aluguel e programas sociais, compunham os 25,8% restantes.

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