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Advogada é demitida após voltar da licença-maternidade: “Em cinco minutos, fui desligada de sete anos de empresa”

Márcia Alves, uma advogada de 29 anos, foi demitida cinco minutos após retornar ao trabalho de sua licença-maternidade. Após sete anos de vínculo com a empresa, a profissional foi chamada pelo departamento de recursos humanos e informada sobre o desligamento assim que chegou para seu primeiro dia de volta ao escritório.

A empresa alegou motivos de desempenho para justificar a demissão, embora Alves tenha recebido feedbacks positivos em seu último ciclo de avaliação. A notícia causou surpresa entre seus colegas, que não esperavam a demissão de alguém com uma trajetória sólida e consistente na empresa. 

Alves, que também atuava como líder de diversidade e inclusão, disse que começou a perceber possíveis sinais de discriminação quando anunciou sua gravidez. Ela evitava marcar consultas médicas durante o expediente para não causar desconforto, tentando manter uma imagem profissional irrepreensível. Ainda assim, ao retornar da licença-maternidade, foi dispensada sem sequer receber seus equipamentos de volta.

A advogada foi surpreendida pelo desligamento, uma experiência que ela descreveu como emocionalmente devastadora. “Eu me programei para voltar ao trabalho, deixei leite ordenhado para minha filha e contratei uma pessoa para cuidar dela. Foi um choque ser demitida após tudo isso”, afirmou.

Segundo uma pesquisa da Empregos.com.br de 2023, 56% das mulheres foram demitidas ou conhecem alguém que passou por isso na volta da licença-maternidade. Especialistas em equidade de gênero, como Jhenyffer Coutinho, da Plure, e Maíra Liguori, da Think Eva, apontam que a demissão após licença-maternidade é um caso clássico de discriminação, ressaltando o impacto emocional e físico que isso tem nas mulheres nesse momento sensível de suas vidas.

Alves agora busca uma nova oportunidade no mercado de trabalho. Enquanto enfrenta a dificuldade de ser mãe de uma bebê pequena e procurar emprego, ela permanece determinada. “As mulheres não têm tempo para luto. Temos que correr atrás e seguir em frente”, concluiu.

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