Desastres climáticos somaram prejuízos de mais R$ 105 bi em 2023 e agora chegam a mais de R$ 275 mi
Os eventos climáticos extremos no Brasil causaram prejuízos significativos ao longo de 2023, somando mais de R$105 bilhões. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o impacto foi sentido em várias áreas, resultando em danos ao setor privado, público e em propriedades materiais.
Destes R$105 bilhões em prejuízos, R$72,6 bilhões (69,14%) correspondem ao setor privado, enquanto R$23,8 bilhões (22,67%) de danos ao setor público. As maiores perdas foram na agricultura, com um total de R$53,6 bilhões, 50,8% do total dos prejuízos. Os demais valores de danos por setor são:
- Pecuária: R$ 15,3 bilhões (14,5%)
- Sistema de transportes: R$ 10,9 bilhões (10,3%)
- Abastecimento de água potável: R$ 10,8 bilhões (10,2%)
- Obras de infraestrutura: R$ 3,9 bilhões (3,7%)
- Habitação: R$ 3,5 bilhões (3,3%)
- Comércios locais: R$ 1,7 bilhão (1,7%)
- Indústria: R$ 1,6 bilhão (1,6%)
Além dos impactos econômicos, os desastres climáticos causaram 258 mortes, 126,3 mil desabrigados e 717,9 mil desalojados. No total, cerca de 37,3 milhões de pessoas foram afetadas em todo o Brasil.
Os danos causados pelas chuvas no RS neste ano já chegam a milhões.
As chuvas extremas no Rio Grande do Sul causaram prejuízos adicionais entre 29 de abril e 3 de maio, somando R$275,3 milhões. O setor público registrou R$59,9 milhões em prejuízos, principalmente em obras de infraestrutura como pontes e estradas.
O setor privado sofreu perdas de R$99,8 milhões, com a agricultura sendo a mais afetada, contabilizando R$71,4 milhões. Na indústria, as perdas somaram R$11,2 milhões, enquanto a pecuária teve prejuízos de R$9,3 milhões. Além disso, houve R$115,6 milhões em prejuízos na área habitacional, com mais de 10 mil casas danificadas ou destruídas.
Segundo o governo gaúcho, mais de 850 mil pessoas foram afetadas em 345 municípios, com 83 mortos e 111 desaparecidos.