Descoberto local com o DOBRO de petróleo da Arábia Saudita, mas não pode ser explorado
A Rússia anunciou recentemente a descoberta de uma das maiores reservas de petróleo e gás natural do planeta, localizada na Antártica. Estima-se que a jazida contenha impressionantes 511 bilhões de barris de petróleo, mais que o dobro das reservas da Arábia Saudita e 32 vezes maior que as comprovadas no Brasil, de 15,8 bilhões de barris.
Este volume é cerca de dez vezes a produção total do Mar do Norte ao longo dos últimos 50 anos. A área, alvo de reivindicações territoriais da Argentina e do Chile, está no centro de um complexo jogo diplomático.
Descoberta no mar de Weddell
A notícia foi divulgada pelo jornal britânico The Telegraph. A descoberta foi feita no mar de Weddell, por navios de exploração da agência russa Rosgeo, e informada ao governo russo. Relatórios foram apresentados à Câmara dos Comuns do Reino Unido na semana passada, destacando a magnitude dessa nova descoberta.
O mar de Weddell, localizado no oceano Antártico, é delimitado pela costa da Terra de Coats e pela península Antártica. O Reino Unido considera essa área parte de seu território ultramarino, que também é reivindicado pela Argentina e pelo Chile.
Contudo, a região é protegida pelo Tratado da Antártica de 1959, que proíbe qualquer desenvolvimento mineral ou petrolífero no continente.
Para a Ciência
David Rutley, subsecretário parlamentar para Américas e Caribe do Reino Unido, afirmou à Câmara dos Comuns que recebeu garantias da Rússia de que a prospecção era puramente científica e não visava a extração dos hidrocarbonetos. Rutley enfatizou que “a Rússia reafirmou recentemente seu compromisso com os elementos-chave do tratado”.
Apesar das garantias russas, há crescente preocupação entre parlamentares britânicos e ambientalistas sobre a verdadeira intenção de Moscou.
A suspeita é de que a Rússia esteja utilizando a pesquisa científica como pretexto para futura extração de petróleo, violando assim as diretrizes do Tratado da Antártica.