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Herdeiros das Casas Bahia disputam fortuna milionária na Justiça

Quase uma década após o empresário do varejo, Samuel Klein, ter falecido, sua família continua em uma batalha legal pela divisão da fortuna conquistada com o império Casas Bahia. Os três filhos de Klein – Michael, Saul e Eva – estão travando não apenas disputas sobre a distribuição dos bens, mas também enfrentando desacordos em outras frentes.

O impasse, que se estende desde acusações de estelionato até falsificação de assinaturas e testes de paternidade, está atualmente suspenso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), à espera do desfecho de um pedido de investigação de paternidade.

Sigilo Judicial Revogado

Embora o caso tenha sido mantido em sigilo judicial, tal sigilo foi recentemente revogado por uma decisão judicial, permitindo que novos detalhes venham à tona. 

Saul, um dos herdeiros, levanta preocupações sobre a conduta de Michael durante o período em que esteve intimamente envolvido na administração do império das Casas Bahia ao lado do pai.

Além das disputas internas, há ainda incertezas quanto à verdadeira extensão do patrimônio de Samuel Klein, especialmente no que diz respeito a ativos no exterior que poderiam significativamente aumentar a herança a ser dividida entre os filhos.

Documentos judiciais analisados pela Bloomberg Línea indicam que Samuel possuía valores em território estrangeiro, cuja inclusão no inventário poderia alterar consideravelmente a fatia a ser recebida por cada herdeiro.

Patrimônio bilionário

Apesar de ter declarado um patrimônio em torno de R$ 2,1 bilhões no Imposto de Renda de 2009, o testamento de Samuel destinou aproximadamente R$ 883 milhões para cada um dos três filhos, restando “apenas” R$ 500 milhões em 2014, ano de seu falecimento, com os R$ 200 milhões restantes envolvendo imóveis e outros bens.

Quando o controle da Casas Bahia foi transferido para o grupo Pão de Açúcar, a família Klein manteve a posse dos imóveis, dos quais centenas de lojas do Pão de Açúcar ainda pagam aluguel até os dias atuais.

Um memorando de entendimento foi estabelecido para orientar a partilha da fortuna entre Michael, Saul, Eva e os dois filhos mais velhos de Michael, Natalie e Raphael.

No entanto, mesmo com a elaboração de uma escritura pública em conformidade com o plano de partilha, este ainda aguarda a validação judicial, prolongando ainda mais a disputa pela herança do “rei do varejo”.

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