Mastercard e Visa topam pagar quase 200 milhões de dólares para encerrar briga com caixas eletrônicos
Visa e Mastercard concordaram em desembolsar US$197 milhões para resolver uma ação coletiva movida por milhões de consumidores que acusam as empresas de manterem taxas de saque artificialmente altas em caixas eletrônicos. O acordo foi revelado na quarta-feira (29), em um processo no tribunal federal de Washington, D.C.
A ação envolve consumidores que sacaram dinheiro de caixas eletrônicos operados por bancos desde 2007. As duas gigantes dos cartões de crédito decidiram encerrar a disputa judicial, embora neguem qualquer irregularidade. A Visa pagará US$104,6 milhões, enquanto a Mastercard contribuirá com US$92,8 milhões do total do acordo.
Além dessa ação, há outras duas ações coletivas pendentes no tribunal da capital dos Estados Unidos. Uma envolve consumidores que utilizaram caixas eletrônicos não bancários, e outra, empresas que possuem caixas eletrônicos independentes.
O acordo proposto ainda precisa ser aprovado pelo tribunal. Os consumidores terão a oportunidade de contestar os termos, incluindo o valor do fundo e eventuais honorários advocatícios. Segundo os advogados dos demandantes, o acordo proporcionará “alívio imediato e garantido” aos consumidores afetados.
Os demandantes alegam que as regras das redes de caixas eletrônicos da Visa e da Mastercard resultaram em taxas excessivamente altas para operações financeiras nas máquinas. Inicialmente, eles buscavam uma indenização de mais de US$9 bilhões.
Visa e Mastercard não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre o acordo. No entanto, ambas as empresas reiteraram que não cometeram nenhuma irregularidade.
Esse acordo representa uma tentativa das empresas de cartões de crédito de mitigar os impactos financeiros e de reputação decorrentes das acusações de práticas anticompetitivas relacionadas às taxas de saque em caixas eletrônicos.