Quando ninguém esperava, petróleo passa a ser usado na produção de chocolate
O petróleo, há muito conhecido como o combustível que alimenta nossos veículos e máquinas, surpreende ao encontrar um novo lar na produção de chocolate. Além das aplicações tradicionais, como lubrificação e fabricação de produtos petroquímicos, a cera de parafina, derivada do petróleo, carvão ou óleo de xisto, está encontrando seu espaço em coberturas de chocolate.
Essa peculiar utilização traz benefícios tanto para os fabricantes quanto para os consumidores. A cera de parafina confere ao chocolate um brilho brilhante ao endurecer, mantendo-o sólido mesmo em temperaturas mais altas. Além disso, facilita a remoção do chocolate das formas de produção, garantindo produtos acabados intactos e atraentes.
Apesar das preocupações iniciais, estudos recentes trazem tranquilidade aos consumidores. Um estudo de 2023 da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar não encontrou preocupações de segurança associadas à ingestão de produtos alimentares à base de óleo, como a cera de parafina. Isso sugere que, embora não seja digerida pelo corpo humano, a cera de parafina é considerada segura para consumo.
No entanto, essa inovação não está isenta de críticas. A indústria petrolífera, já conhecida por suas questões ambientais, agora enfrenta escrutínio adicional. Emissões não consideradas de mercúrio da indústria de petróleo e gás são apontadas como uma preocupação, destacando os riscos ambientais associados à produção de petróleo.
Embora o petróleo esteja encontrando novas aplicações inesperadas, sua utilização na produção de chocolate levanta questões importantes sobre os impactos ambientais e de saúde associados. À medida que essa prática continua a se desenvolver, a necessidade de regulamentação e monitoramento rigorosos se torna ainda mais premente.