Representantes dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e Afrícia do Sul), discutiram avanços significativos na criação de uma moeda comum, no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. Eles discutiram um passo crucial em direção a uma maior autonomia financeira frente ao sistema monetário dominado pelo dólar.
A representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Vladimirovna Zakharova, sublinhou a seriedade do compromisso do grupo com essa iniciativa. “Esta não é uma questão de avaliação, é uma questão de trabalho. É por isso que, como já foi repetidamente dito, os especialistas estão trabalhando”, declarou Zakharova.
Ela enfatizou que os países do BRICS estão avançando em direção a pagamentos mútuos, afastando-se do sistema financeiro centralizado pelos Estados Unidos, o qual foi inicialmente apresentado como uma solução universal, mas acabou revelando-se uma ferramenta de controle e manipulação.
Qual é a posição do Brasil?
A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, destacou a importância de um novo multilateralismo e de uma ordem internacional que reflita a realidade multipolar atual.
Rousseff salientou a natureza única do NDB como um banco criado pelos países do Sul Global para os países do Sul Global, sem impor condições aos seus membros. Ainda, ressaltou não impor as condições aos seus membros.
Ela finalizou com ênfase que o compromisso do NDB em fornecer suporte e recursos aos países membros em suas moedas nacionais é uma medida estratégica para reduzir os riscos associados à volatilidade das taxas de câmbio.