Antigo Rei do Algodão tem dívida bilionária e corre risco de perder suas fazendas
José Pupin, conhecido como o “ex-Rei do Algodão”, enfrenta uma crise financeira monumental, com dívidas que chegam a aproximadamente R$1 bilhão. A situação delicada levou-o a iniciar um processo de recuperação judicial, buscando solucionar seus problemas econômicos.
No entanto, o caminho para a reabilitação não tem sido fácil. Recentemente, três das fazendas de sua propriedade foram alvo de penhora, em uma tentativa de garantir o pagamento de uma dívida de R$16,4 milhões à Kripta Fundo de Investimentos. Essa medida, no entanto, foi contestada por Pupin, que argumentou que as fazendas são essenciais para a sua recuperação financeira.
A juíza Ana Paula da Veiga Carlota Miranda, da 3ª Vara Cível de Cuiabá, concordou com o argumento de Pupin e desconstituiu a penhora das fazendas. Ela destacou que tais medidas não foram autorizadas pelo juízo universal da recuperação judicial, gerando um conflito jurídico em meio à complexidade das leis de falências e recuperações.
A saga judicial de Pupin lança luz sobre as vulnerabilidades dos megaempresários agrícolas frente às flutuações do mercado e a importância de uma gestão de risco sólida. Além disso, ressalta a autoridade do Juízo da Recuperação Judicial como órgão competente para todas as decisões que afetam o patrimônio de empresas em processo de recuperação.
Apesar da dívida astronômica, Pupin é beneficiado com a gratuidade judicial, destinada a pessoas de baixa renda que não podem arcar com os custos judiciais. Contudo, o futuro do antigo “Rei do Algodão” permanece incerto, pois as pressões financeiras persistem, e o risco de perder suas fazendas ainda é uma ameaça real.