No Brasil, a preparação financeira para a aposentadoria continua sendo um desafio significativo. Segundo dados da Anbima, apenas 19% dos brasileiros têm reservas financeiras destinadas à fase de aposentadoria. Esse número revela uma estabilidade mínima em comparação com 2022, quando o índice estava em 18%.
A pesquisa aponta que a geração X, composta por indivíduos de 43 a 62 anos, mostra-se mais engajada na formação de reservas para o futuro. Cerca de 41% dos não aposentados dessa faixa etária esperam não depender exclusivamente do INSS mais tarde.
Entretanto, entre os investidores brasileiros, apenas um terço iniciou efetivamente um planejamento para aposentadoria. Dentre esses, a geração X se destaca com 11% demonstrando interesse em utilizar retornos de aplicações financeiras para este fim.
A especialista Myrian Lund, professora de finanças na FGV, aponta que a preocupação crescente entre os brasileiros acima dos 40 anos advém da necessidade de auxiliar os pais na velhice. Essa responsabilidade adicionada reforça o desejo de não depender de terceiros no futuro.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, a situação mostra um cenário diferente. A geração Z (16-27 anos) e os millennials (28-42 anos) estão mais avançados na preparação para a aposentadoria do que a geração X e os baby boomers, conforme relatório da Goldman Sachs Asset Management. Já no Brasil, o foco está na conscientização sobre a importância de começar cedo e entender os benefícios dos juros compostos para garantir uma aposentadoria mais tranquila.