Em entrevista ao portal Uol, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não considera viável desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as pensões do salário mínimo. Segundo ele, o salário mínimo é essencial para a sobrevivência dos beneficiários.
Lula declarou: “Não é (possível), porque não considero gasto. Salário mínimo é o mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver.” Essa posição de Lula reforça seu compromisso com a manutenção dos benefícios sociais atrelados ao valor do salário mínimo, uma medida que impacta diretamente milhões de brasileiros que dependem desses recursos para sua subsistência.
Além disso, o presidente destacou que o governo está realizando uma análise criteriosa dos gastos públicos, buscando identificar desperdícios e avaliar a necessidade real de cortes orçamentários. Lula enfatizou a importância de manter políticas que garantam investimentos necessários sem comprometer a economia: “Estamos fazendo uma análise de onde tem gasto exagerado, que não deveria ter, onde tem pessoas que não deveriam receber e estão recebendo.”
Essas declarações ocorrem em um contexto de debates intensos sobre as políticas econômicas e sociais do governo, incluindo medidas para combater fraudes nos benefícios sociais. O Ministério da Previdência Social projeta uma economia significativa com o pente-fino nos benefícios, estimando um total de R$3 bilhões economizados até o final do ano.
Por fim, Lula também criticou a política monetária atual, expressando descontentamento com a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano. Suas observações refletem um posicionamento em favor de taxas mais baixas para estimular o crescimento econômico.
Este posicionamento de Lula sobre o BPC e o salário mínimo ressalta seu compromisso com a proteção social e a manutenção dos direitos dos beneficiários, em um cenário político e econômico complexo e desafiador para o país.