Em 6 de fevereiro de 2017, o então presidente Michel Temer indicou Alexandre de Moraes para ocupar a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deixada após o falecimento do ministro Teori Zavascki. Moraes, que na época já mantinha uma amizade de mais de 20 anos com Temer, foi indicado ao cargo, no qual permanecerá até 2043, quando completará 75 anos.
A nomeação de Moraes gerou reações distintas no cenário político. Críticos, especialmente políticos da oposição, apontaram a ligação de Moraes ao PSDB como um fator de parcialidade, levantando preocupações sobre a escolha político-partidária. No entanto, a indicação recebeu apoio de ministros do STF, como Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e Luiz Fux, que defenderam a capacidade de Moraes em atuar de forma imparcial, independentemente de sua carreira política anterior.
O processo de confirmação no Senado iniciou-se em 21 de fevereiro de 2017, quando a Comissão de Constituição e Justiça aprovou a indicação de Moraes por dezenove votos favoráveis, sete contrários e uma abstenção. A sabatina realizada foi a que teve maior participação popular na história, com mais de 1.600 manifestações registradas no Portal e-Cidadania. Das 12 perguntas feitas pelo relator, Senador Eduardo Braga, 10 foram enviadas por cidadãos.
No dia seguinte, o plenário do Senado Federal ratificou a nomeação de Moraes ao STF, com 55 votos favoráveis e 13 contrários. Ainda no mesmo dia, Michel Temer oficializou a nomeação, e Alexandre de Moraes tomou posse no cargo em 22 de março de 2017.
Em 14 de junho de 2022, Alexandre de Moraes foi eleito presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assumindo a presidência a partir de 16 de agosto do mesmo ano. Desde 2020, ele já atuava como integrante titular da Corte. Durante seu mandato no TSE, Moraes implementou medidas rigorosas contra a disseminação de notícias falsas e desinformação nas redes sociais, em resposta à crescente utilização da internet para ataques e à falta de regulamentação das novas tecnologias.
Moraes encerrou sua gestão no TSE em 2024, quando foi sucedido por Carmem Lúcia na presidência da Corte.
