Terra terá nova Era Glacial nos próximos anos: Veja quando vai ser
Um estudo recente conduzido por cientistas da Universidade de Cambridge fala sobre o impacto das emissões de dióxido de carbono na atmosfera e suas potenciais consequências climáticas. Segundo os especialistas, as emissões significativas de CO2 podem não apenas acelerar o aquecimento global, mas também retardar o início da próxima Era Glacial prevista para daqui a aproximadamente 1.500 anos.
Segundo o pesquisador Luke Skinner, coordenador de pesquisa, mesmo que as emissões de CO2 cessassem imediatamente, os processos de longo prazo para reduzir essas emissões poderiam prolongar o atual período interglacial.
Debates com opiniões opostas
Este cenário científico tem alimentado debates acalorados entre ambientalistas e grupos que advogam por políticas de aquecimento global controlado. O Global Warming Policy Foundation é um dos grupos que defende a manutenção de um efeito estufa sustentado, argumentando que injetar gases de efeito estufa na atmosfera poderia regular o clima e evitar um resfriamento extremo que poderia ameaçar a sobrevivência humana.
No entanto, Skinner alerta para as implicações éticas e práticas dessas propostas. Ele ressalta que há uma diferença crucial entre liberar CO2 em um clima já aquecido e fazê-lo em um clima potencialmente frio, sugerindo que os resultados desses experimentos podem ser imprevisíveis e até mesmo irreversíveis.
Mini Era Glacial na próxima década
Cientistas do Reino Unido estão alertando para a possibilidade de a Terra enfrentar uma pequena Era Glacial a partir de 2030. Segundo o novo modelo de previsão da atividade solar apresentado pela professora Valentina Zharkova durante o Encontro Nacional da Real Sociedade de Astronomia, a atividade do Sol deverá experimentar uma queda significativa na próxima década. Esta redução na atividade solar poderá resultar em um moderado resfriamento global.
A última vez que a Terra enfrentou condições semelhantes foi durante o Mínimo de Maunder, entre 1645 e 1715, um período conhecido por temperaturas abaixo da média na Europa.
Desde então, os cientistas têm monitorado os ciclos de atividade solar, que variam em picos mínimos e máximos a cada 10 a 12 anos. No entanto, as flutuações na radiação solar recebida pelo nosso planeta dentro desses ciclos continuam sendo desafiadoras de prever.