Proposta quer criar novo calendário com 13 meses de 28 dias
A passagem do tempo é algo que sempre intrigou a humanidade, desde as civilizações mais antigas até os dias modernos. Vivemos em função do relógio e do calendário, mas você já parou para pensar na complexidade dessas ferramentas? A história tem mostrado que muitas tentativas foram feitas para simplificar a maneira como contamos os dias, semanas e meses do ano.
O calendário que usamos hoje, conhecido como Gregoriano, teve sua origem com o líder Júlio César e foi reformulado pelo Papa Gregório XIII em 1582 para corrigir desvios nos equinócios de primavera. No entanto, nem mesmo essa reforma tornou o sistema perfeito. Sem um padrão fixo de dias por mês, marcar eventos futuros e gerenciar o tempo continua sendo um desafio.
Por que os calendários são tão complicados?
Os calendários não são apenas um método para medir o tempo, eles também desempenham um papel crítico em nossas atividades agrícolas, econômicas e sociais. Tendo origem na observação lunar e solar, essas ferramentas precisavam conciliar as diferenças entre a duração do ano solar e os ciclos da lua. O resultado? Um sistema que por vezes parece não ter lógica, com meses de duração variável e anos bissextos para corrigir pequenos erros de cálculo ao longo do tempo.
Ideias revolucionárias para a reformulação do calendário
No começo do século XX, uma proposta inovadora para reformular o calendário global ganhou destaque. Moses B. Cotsworth, um contador britânico, apresentou em 1902 o conceito do Calendário Fixo Internacional. Sua proposta era simples e elegante: dividir o ano em 13 meses de 28 dias cada, totalizando 364 dias. Cada mês começaria em um domingo e terminaria em um sábado, com um dia adicional, chamado “Dia do Ano”, celebrado após 28 de dezembro para completar o ciclo solar.
Vantagens do Calendário de Cotsworth
- Início de todos os meses no domingo facilitaria o planejamento.
- Cada mês teria exatamente quatro semanas, simplificando as operações financeiras e a contabilidade.
- Feriados cairiam sempre em segundas-feiras, garantindo longos finais de semana.
O conceito chegou a ser adotado pela Kodak, uma das maiores empresas da época, e foi promovido ativamente pelo seu fundador, George Eastman. A proposta foi debatida até em órgãos internacionais, como a Liga das Nações, mas com o início da Segunda Guerra Mundial e a ascensão de preocupações mais urgentes, o projeto não foi adiante.
O que impede a mudança para um calendário mais lógico?
Embora a ideia de um calendário mais racional pareça atraente, a implementação de tais mudanças enfrenta enormes obstáculos. A sociedade global está profundamente enraizada no calendário atual, e mudanças significariam ajustes em sistemas legais, históricos e culturais em todo o mundo. Além disso, a resistência às mudanças é um fator psicológico e social significativo. Por enquanto, parece que continuaremos a conviver com a imperfeição de nosso sistema de medição de tempo, sempre procurando maneiras de lidar com suas complexidades.