Campeões olímpicos ficaram sem medalhas e foram premiados com guarda-chuva e carteiras
Os Jogos Olímpicos de 1900 em Paris foram marcados por uma curiosa mistura de esporte e cultura, ocorrendo em paralelo à Exposição Universal Internacional. A competição, que se estendeu por mais de cinco meses, enfrentou desafios logísticos significativos devido à falta de locais específicos para as disputas, levando à distribuição de prêmios pouco convencionais.
Ao invés das tradicionais medalhas de ouro, prata e bronze, os atletas foram agraciados com uma variedade de itens: troféus, taças, placas, pratos e até mesmo guarda-chuvas e carteiras. Essa diversidade refletia a atmosfera eclética da época, onde a Olimpíada acabou sendo eclipsada pela grandiosidade da feira mundial.
Anos mais tarde, o Comitê Olímpico Internacional reconheceu retroativamente os campeões de Atenas-1896 e Paris-1900 com medalhas de ouro, prata e bronze, estabelecendo assim um padrão duradouro para as premiações olímpicas. Anteriormente, na Grécia Antiga, apenas o campeão recebia uma coroa de louros como símbolo de sua vitória, enquanto nas primeiras Olimpíadas modernas, em Atenas-1896, os vencedores receberam prêmios de prata.
A introdução das medalhas de ouro maciço ocorreu somente em Saint Louis-1904, antes de ser gradualmente substituída por medalhas contendo apenas uma pequena porcentagem de ouro após a Primeira Guerra Mundial. Esta evolução refletiu não apenas mudanças nas tradições cerimoniais, mas também nas percepções culturais e sociais em torno do prestígio atlético internacional.