Mansa Musa, talvez o homem mais rico da história, tinha tanto ouro que desvalorizou o preço desse metal
Mansa Musa, o lendário imperador do Império do Mali, chegou ao trono em 1312, marcando uma era de prosperidade sem precedentes. Embora os imperadores africanos fossem figuras pouco conhecidas fora da África Ocidental, a peregrinação religiosa de Musa em 1324 mudou essa realidade, revelando ao mundo a imensa riqueza e extravagância de seu reino.
Durante sua hajj, Mansa Musa liderou uma comitiva impressionante de 60 mil homens, incluindo 12 mil funcionários, dos quais 500 marchavam à sua frente, vestidos com túnicas de seda e carregando bastões dourados.
A grandiosidade não parava por aí: 80 camelos carregavam entre 50 a 300 libras de pó de ouro cada um. O impacto econômico foi tão grande que Musa desvalorizou o preço do ouro no Egito, causando uma crise econômica que perdurou por anos.
Uma história de generosidade e riqueza
Musa era conhecido por sua piedade e generosidade. Durante sua viagem, distribuía ouro aos pobres, deixando uma marca indelével nas cidades de Cairo, Meca e Bagdá. As histórias de sua generosidade foram passadas de geração em geração, transformando-o em uma figura lendária.
Ao assumir o poder, Mansa Musa não só expandiu as fronteiras do Império do Mali, mas também consolidou suas riquezas, especialmente em ouro e sal, que eram extremamente valorizados na época. O império abrangia territórios que hoje correspondem a Mali, Senegal, Gâmbia, Guiné, Níger, Nigéria, Chade e Mauritânia, totalizando aproximadamente 1,2 milhão de km².
A fortuna de Musa é quase inimaginável. Economistas e historiadores não conseguem concordar sobre a quantia exata, mas todos concordam que ultrapassa trilhões de dólares. Rudolph Ware, professor de história da Universidade de Michigan, descreveu a riqueza de Musa como “mais do que o dobro do máximo que um ser humano possa ter.”