INSS confirma que militares custam 16 vezes mais que aposentados
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que os gastos previdenciários com militares são significativamente mais altos do que com aposentados do INSS. Apesar de representarem apenas 11,6% do déficit previdenciário da União em 2023, os militares consumiram cerca de R$49,7 bilhões, comparados aos R$315,7 bilhões destinados aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O custo médio anual por beneficiário militar atingiu impressionantes R$158,8 mil, muito acima dos R$9.400 pagos aos aposentados do INSS. Essa disparidade reflete-se também nos gastos por pessoa em outras categorias: os servidores públicos, por exemplo, custaram em média R$69 mil por ano.
As Forças Armadas, embora reconheçam a acurácia dos números apresentados, contestam a metodologia de classificação dos gastos pelo TCU. Argumentam que os orçamentos das Forças Armadas são estruturalmente diferentes dos demais grupos previdenciários, o que impacta na análise dos custos.
Essa divulgação reacende o debate sobre a equidade e eficiência dos gastos previdenciários no Brasil, especialmente em um contexto de ajustes fiscais e reformas estruturais. Enquanto os custos com aposentados do INSS continuam a representar a maior fatia do déficit, a análise detalhada dos gastos com militares destaca a necessidade de uma revisão cuidadosa das políticas previdenciárias, visando a sustentabilidade a longo prazo do sistema.
Este relatório do TCU lança luz sobre uma questão complexa e sensível, que continuará a ser objeto de discussões e medidas no âmbito das políticas públicas brasileiras.