A Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo em produção de energia, é um marco impressionante na engenharia e um exemplo de cooperação internacional entre Brasil e Paraguai. Localizada no rio Paraná, na fronteira entre os dois países, Itaipu é responsável pela geração de mais de 2,7 milhões de GWh de energia limpa e renovável desde o início de suas operações.
O projeto de Itaipu envolve uma série de barragens que somam 7.919 metros de extensão, com a principal atingindo 196 metros de altura, equivalente a um prédio de 65 andares.
A construção da obra começou na década de 1960, culminando com a criação da Itaipu Binacional em 1974. A usina entrou em operação em 1984, e em 2016 todas as suas 20 unidades geradoras estavam funcionando plenamente.
Por que Itaipu é tão importante?
Itaipu tem uma potência instalada de 14 gigawatts, fornecendo cerca de 10,8% da energia consumida no Brasil e 88,5% do consumo paraguaio. Isso equivale a evitar a queima de 588 mil barris de petróleo por dia, destacando a importância da usina na promoção de uma matriz energética sustentável e na redução das emissões de gases de efeito estufa.
A construção de Itaipu foi um desafio formidável, exigindo a mobilização de recursos e a implementação de rigorosas rotinas de controle e qualidade. Entre 1975 e 1978, a região transformou-se num “formigueiro” humano, com a construção de mais de 9 mil moradias e um hospital para abrigar os trabalhadores. O transporte de materiais envolveu mais de 20 mil caminhões e 6 mil vagões ferroviários.
Além de sua importância energética, Itaipu simboliza a diplomacia bem-sucedida entre Brasil e Paraguai. A Ata do Iguaçu, assinada em 1966, e o Tratado de Itaipu, de 1973, resolveram disputas territoriais históricas e impulsionaram o desenvolvimento conjunto da usina. Em 1995, Itaipu foi reconhecida como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.