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Revelado o que fez os caminhões bicudos desaparecerem do Brasil

Por anos, circulou o mito de que caminhões bicudos, com seus capôs imponentes, eram proibidos no Brasil. A verdade, porém, é outra. A preferência por modelos frontais, conhecidos como cara-chata, deve-se principalmente a mudanças na legislação de peso nos anos 1980 e 1990.

A Lei da Balança, implementada para combater o excesso de peso, foi ajustada para permitir uma maior capacidade nos eixos dianteiros. Isso favoreceu os caminhões frontais, que ofereciam melhor distribuição de carga e maior manobrabilidade, especialmente com a introdução de bi-trens e rodotrens.

Empresas como Scania, Volvo e Iveco diminuíram a produção ou pararam de importar caminhões bicudos, enquanto a Mercedes-Benz continuou até recentemente. A decisão de retirar modelos como o Atron em 2020 reflete não uma proibição, mas uma adaptação às demandas de mercado e regulatórias.

Atualmente, discussões continuam sobre a relevância e potencial retorno dos modelos bicudos ao mercado brasileiro. Enquanto alguns defendem seu retorno, outros apontam para as vantagens dos frontais em termos de eficiência e adequação às normas vigentes.

A história dos caminhões bicudos no Brasil não é de proibição, mas sim de transformações legislativas e adaptações de mercado que moldaram o panorama atual do transporte de cargas no país.

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