A previsão orçamentária para o Bolsa Família em 2025 foi confirmada em R$174,7 bilhões, conforme o relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Este valor é semelhante ao orçamento atual, de R$170 bilhões, indicando que não haverá aumento nos benefícios do programa no próximo ano.
Nos primeiros sete meses de 2024, o programa já repassou R$99,82 bilhões para mais de 20 milhões de famílias, com uma média mensal de R$14,3 bilhões. Em julho, o pagamento beneficia 20,8 milhões de famílias, com uma parcela média de R$683,75, distribuída de acordo com o Número de Inscrição Social (NIS).
O Bolsa Família atende famílias com renda per capita de até R$218 por mês, e é necessário estar inscrito no CadÚnico. Os valores das parcelas incluem uma quantia mínima de R$600 para todas as famílias, além de adicionais para crianças menores de 7 anos, gestantes e adolescentes. Famílias em regra de proteção recebem, em média, R$370,54.
A LDO, que orienta a elaboração do Orçamento geral da União, será votada em agosto, após o recesso do Congresso Nacional, sob relatoria do senador Confúcio Moura (MDB-RO).
Economistas, como Marcelo Neri do FGV Social, destacam que a expansão do programa nos últimos anos, incluindo benefícios adicionais, pode não se manter devido à limitação orçamentária. No entanto, a expansão pode ser compensada por programas complementares como o Pé-de-Meia e por melhorias na eficiência do Bolsa Família.
O Ministério do Desenvolvimento Social ainda não se pronunciou sobre a previsão orçamentária e a falta de reajuste dos benefícios.