Milhões de brasileiros estão tristes neste momento! Benefício vital no Brasil não deve aumentar em 2025
Em meio às discussões sobre corte de gastos no governo federal, a previsão orçamentária para 2025 indica que o Bolsa Família pode não ter reajuste nos benefícios. O relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevê um valor de R$ 174,7 bilhões para o programa no próximo ano, montante próximo aos R$ 170 bilhões destinados em 2024.
Até agora, nos primeiros sete meses de 2024, já foram repassados R$ 99,82 bilhões às mais de 20 milhões de famílias beneficiadas, com uma média mensal de R$ 14,3 bilhões. A LDO, que orienta a elaboração do Orçamento geral da União, deverá ser votada em agosto, após o recesso do Congresso Nacional, segundo o relator da proposta, senador Confúcio Moura (MDB-RO).
Pagamentos de julho
O pagamento do Bolsa Família em julho, que começou no dia 18 e vai até o dia 31, conforme o Número de Inscrição Social (NIS), contemplará 20,8 milhões de famílias, com uma parcela média de R$ 683,75. O benefício é repassado pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Têm direito ao auxílio as famílias cuja renda per capita é de, no máximo, R$ 218 por mês, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal.
Estrutura do benefício
Todas as famílias recebem uma parcela mínima de R$ 600. As famílias com dependentes menores de 7 anos ganham um adicional de R$ 150 por criança. Outro extra de R$ 50 é pago mensalmente às famílias com gestantes, crianças a partir de 7 anos, bebês em amamentação e adolescentes entre 12 e 18 anos. As famílias em regra de proteção, que tiveram aumento na renda de até meio salário mínimo por integrante, recebem um benefício médio de R$ 370,54.
Expansão e eficiência do programa
O economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social, afirmou que o Bolsa Família já passou por uma expansão significativa nos últimos anos, com a implementação de benefícios complementares conforme a composição familiar. Ele destacou que os anos de 2023 e 2024 foram marcados por esse crescimento, mas não espera a manutenção dessa tendência para 2025, refletida na previsão orçamentária.
Neri citou o programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, que oferece incentivo financeiro para jovens de baixa renda permanecerem e concluírem o ensino médio, como uma possível fonte de expansão dos benefícios sociais em 2025. Segundo ele, o Pé-de-Meia pode ajudar integrantes do Bolsa Família e do CadÚnico a compensar a falta de reajuste dos benefícios.
O economista também sugeriu a revisão e o pente-fino no Bolsa Família para melhorar a eficiência do programa, garantindo que o benefício chegue às famílias mais necessitadas. “A extrema pobreza, que atingiu 9,6% da população em 2022, chegou ao menor nível da história em 2023, com 8,31%”, afirmou. Segundo o Centro de Políticas Sociais da FGV, o avanço nos rendimentos médios dos brasileiros em 2023, especialmente entre os mais pobres, reduziu a miséria ao menor nível da história.
O Ministério do Desenvolvimento Social não comentou a previsão orçamentária e a falta de espaço para reajuste dos benefícios.