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Brasil é um fenômeno na produção de nióbio, deixando outros países no chinelo

O Brasil se destaca como o maior produtor global de nióbio, dominando o mercado com uma impressionante participação de 90% na produção mundial. Com uma capacidade anual de 150 mil toneladas, o país é o principal fornecedor deste metal essencial, utilizado em uma ampla gama de indústrias, desde veículos pesados até tecnologias avançadas.

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) lidera o setor, respondendo por 75% da oferta global de nióbio. Localizada em Araxá, Minas Gerais, a operação da CBMM explora o depósito de Barreiro, o maior do mundo, com reservas estimadas em 527 milhões de toneladas e um teor de 2,1% de nióbio. Esse depósito faz parte do complexo carbonatítico de Araxá, um dos maiores e mais antigos do Brasil.

O nióbio é crucial para diversas aplicações industriais, como o fortalecimento do aço, melhorando sua resistência à corrosão e aumentando o ponto de fusão. Além disso, o metal é utilizado em produtos de alta tecnologia, incluindo motores a jato e aparelhos de ressonância magnética.

A importância estratégica do nióbio é reconhecida globalmente, com o Serviço Geológico dos EUA classificando-o como mineral “crítico”. A concentração da produção em poucas regiões eleva a relevância geopolítica do nióbio, especialmente em contextos de defesa e tecnologia.

Embora a China seja um grande importador e detentor de algumas minas de nióbio, a CBMM garante que sua capacidade de produção excede a demanda global, minimizando riscos de escassez. A empresa também está expandindo suas aplicações, buscando novas oportunidades em mercados como baterias elétricas e materiais avançados.

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