No dia 16 de outubro, a prefeitura de São Caetano do Sul, situada no ABC Paulista, anunciou um ousado projeto que visa a implementação da tarifa zero nos ônibus municipais. O plano já foi entregue oficialmente à câmara dos vereadores e, se aprovado, entrará em vigor a partir do dia 1º de novembro.
Dessa forma, com apenas 8 linhas de ônibus e uma população de pouco mais de 160 mil habitantes, São Caetano do Sul se tornaria a segunda cidade na Grande São Paulo a adotar essa iniciativa, com exceção da Vargem Grande Paulista.
A proposta foi feita pela administração municipal e envolve o pagamento de R$ 5, o valor integral da tarifa, por passageiro para a Viação Padre Eustáquio (Vipe). Conforme os cálculos da prefeitura, o investimento mensal atingirá cerca de R$ 2,9 milhões, levando em consideração o aumento previsto de 50% no número de usuários.
Vale ressaltar que, atualmente, 15 mil passageiros utilizam o transporte público diariamente e, para acomodar a grande demanda, a frota municipal terá o acréscimo de 5 ônibus, totalizando 54 coletivos circulando na cidade.
Ainda, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), avalia a implementação da tarifa zero para a cidade. Entretanto, em março, estimou-se que a medida poderia representar um custo mensal de aproximadamente R$ 10 bilhões aos cofres públicos.
Mesmo assim, a câmara dos vereadores da cidade, manifestou a intenção de apresentar um projeto que concederia a tarifa zero exclusivamente para beneficiários do Bolsa Família. Assim, a medida beneficiaria cerca de 1,5 milhão de pessoas na capital paulista.
Quais são as vantagens da tarifa zero?
Tanto para a administração quanto para o cidadão, a tarifa zero pode trazer uma série de vantagens. Para a administração pública, a tarifa zero pode melhorar a mobilidade urbana e reduzir o congestionamento nas cidades. Além disso, contribuir para a redução da poluição do ar e a diminuição dos gastos com a manutenção das vias danificadas pelo tráfego intenso de carros.
Agora, para a população, a tarifa zero resultará na economia financeira, uma vez que não seria necessário pagar pelo transporte público. Além da mobilidade se tornar mais democrática, vai permitir que diferentes classes sociais tenham acesso facilitado a empregos, escolas e outros serviços essenciais.