Na próxima quinta-feira, 8 de agosto, o Conselho Curador do FGTS definirá o percentual do lucro de 2023 a ser distribuído entre os trabalhadores. O FGTS alcançou um lucro histórico de R$23,4 bilhões no ano passado, quase o dobro dos R$12,1 bilhões registrados em 2022. Esta cifra sugere que a distribuição de lucros em 2024 poderá ser recorde.
Estima-se que 90% do lucro, equivalente a R$21 bilhões, será repassado aos trabalhadores. Nos anos anteriores, a distribuição foi de 99% em 2023 e 2022, e 96% em 2021. O presidente do IFGT, Mario Avelino, prevê que o fator multiplicador será de 3,6620%, resultando em um rendimento total de 8,4748% para as contas do FGTS, o que supera o IPCA e o rendimento da caderneta de poupança.
Para exemplificar, um saldo de R$10 mil em 31 de dezembro de 2023 pode render R$366,20 em lucro. A Caixa Econômica Federal tem até 31 de agosto para creditar esses valores nas contas dos cotistas, embora frequentemente finalize os repasses antes dessa data.
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que determinou a correção do saldo do FGTS pelo IPCA, assegura que o rendimento do fundo não será inferior à inflação oficial. Essa decisão, no entanto, não tem efeito retroativo e não se aplica aos saldos anteriores a 2023.
Os trabalhadores podem consultar o saldo do FGTS pelo aplicativo FGTS ou pelo site da Caixa Econômica Federal. Criado em 1966, o FGTS oferece uma “poupança” para situações como demissão sem justa causa, aposentadoria e compra da casa própria, além de financiar programas habitacionais e de infraestrutura.