A possibilidade de uma semana de trabalho reduzida ganha força no Senado brasileiro, com três propostas legislativas discutidas. A intenção é diminuir a carga horária semanal para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, sem impactar seus salários.
A primeira proposta é a PEC 148/2015, que sugere uma redução gradual da jornada semanal para 36 horas. Inicialmente arquivada em 2022, a proposta, apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), foi desarquivada e aguarda análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
O PL 1.105/2023, do senador Weverton (PDT-MA), permite ajustes na carga horária por meio de acordos coletivos, mantendo o salário dos trabalhadores. Já aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais, o projeto está em revisão na Comissão de Assuntos Econômicos antes de uma possível votação final.
A terceira proposta, o PRS 15/2024, da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), introduz o Diploma Empresa Ideal. Este prêmio anual visa reconhecer empresas que adotem práticas inovadoras, como a redução de jornada sem diminuição salarial. A proposta ainda está em tramitação.
Experimentos em algumas empresas brasileiras mostraram resultados positivos com a semana de trabalho reduzida, tanto em produtividade quanto na satisfação dos funcionários. Uma pesquisa do Instituto DataSenado revela que 85% dos trabalhadores acreditam que um dia extra de folga melhoraria sua qualidade de vida. Além disso, 78% consideram que manteriam a mesma qualidade de trabalho e 68% acham que poderiam realizar suas tarefas em menos tempo. O tempo adicional seria utilizado para atividades pessoais, como família, saúde e lazer.
Essas discussões refletem uma tendência global de buscar um equilíbrio mais saudável entre vida profissional e pessoal.