Obra energética de R$ 40 bilhões gera polêmica no Brasil: Terceira maior do mundo
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, situada no rio Xingu, no Pará, desponta como um dos maiores empreendimentos de infraestrutura do Brasil, com um investimento colossal de R$ 40 bilhões. Com uma capacidade instalada de 11.233 megawatts, a usina é a terceira maior hidrelétrica global, superada apenas pela Usina de Três Gargantas, na China, e Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai.
Desde seu início em abril de 2016, Belo Monte tem desempenhado um papel crucial no fornecimento de energia para as regiões Norte, Centro-Oeste e Rio de Janeiro, contribuindo com 5% da matriz elétrica nacional e 10% da capacidade hidráulica do país. A obra também trouxe benefícios econômicos significativos, incluindo a geração de empregos, o pagamento de mais de R$ 1,07 bilhão em royalties, e melhorias na infraestrutura local, como estradas e escolas.
Contudo, o projeto não é isento de controvérsias. Grupos ambientais, ONGs e comunidades indígenas têm levantado sérias críticas em relação aos impactos ambientais e sociais da usina. A construção provocou o desmatamento de grandes áreas da Amazônia, alterando ecossistemas e afetando a fauna local. As comunidades indígenas, como os povos Juruna e Arara, enfrentaram a inundação de suas terras ancestrais, comprometendo o acesso a recursos naturais vitais.
A Norte Energia, concessionária da usina, rebate as críticas, alegando que a área desmatada representa uma fração mínima da Amazônia Legal e destacando projetos de reflorestamento e investimentos significativos em saúde, educação e segurança na região. A empresa também afirma que nenhum território indígena foi alagado e que o número de indígenas na região aumentou desde o início do projeto.