Revelado o remédio para dor responsável por quase 70 MIL mortes por ano
Os opioides, amplamente utilizados para tratar dores intensas, estão no centro de uma grave crise de saúde pública. Apesar de sua eficácia, esses analgésicos podem causar dependência e resultar em overdose, contribuindo para aproximadamente 70 mil mortes anuais em todo o mundo.
A história dos opioides remonta à papoula, cuja seiva, o ópio, possui propriedades anestésicas e eufóricas. Em 1805, o cientista alemão Friedrich Sertüner isolou a morfina do ópio, uma substância ainda crucial no controle da dor intensa. Desde então, outras substâncias, como a codeína, foram isoladas para minimizar o uso direto do ópio.
Os opioides são eficazes no tratamento de dores moderadas a severas, especialmente após cirurgias ou em casos de câncer avançado. Eles atuam bloqueando sinais de dor mais eficientemente do que analgésicos comuns, como o paracetamol. No entanto, o uso contínuo pode levar à dependência, com o corpo exigindo doses cada vez maiores para manter o mesmo efeito devido à diminuição dos receptores cerebrais.
A epidemia de opioides é particularmente alarmante nos Estados Unidos, onde cerca de 68 mil mortes por overdose foram registradas em 2020. No Brasil, o número de prescrições de opioides aumentou significativamente, de 1,6 milhão em 2009 para 9 milhões em 2015, com medicamentos como Codex, Tylex, Durogesic e Fentanest sendo amplamente utilizados.
Apesar dos riscos, os opioides desempenham um papel vital no manejo da dor severa. É essencial seguir as orientações médicas e não compartilhar receitas para evitar a dependência e overdose. Conscientização e regulação são cruciais para evitar uma crise semelhante à dos EUA no Brasil.