Noam Shazeer e Daniel de Freitas, ex-colaboradores do Google, venderam a tecnologia de sua startup, a Character.AI, para a gigante da tecnologia em um acordo que movimentou R$ 16,5 bilhões (US$ 3 bilhões). Curiosamente, o Google optou por licenciar a tecnologia em vez de adquirir a empresa inteira.
A Character.AI, fundada em 2022 por Shazeer e o brasileiro de Freitas, emergiu como uma promissora startup de chatbot após uma investida de quase R$ 1,1 bilhão (US$ 200 milhões). A empresa agora está fora do radar do Google, que pagará R$ 13,75 bilhões (US$ 2,5 bilhões) para comprar as ações dos acionistas, incluindo Shazeer, que poderá receber entre R$ 3 bilhões e R$ 5,5 bilhões (US$ 750 milhões a US$ 1 bilhão).
Esse tipo de transação é parte de uma tendência crescente entre as grandes techs. Em vez de adquirir startups inteiras, as empresas de tecnologia têm optado por licenciar suas inovações e contratar seus principais talentos. Movimentos semelhantes foram realizados pela Microsoft e Amazon, com acordos similares envolvendo as startups Inflection e Adept.
Essas negociações têm sido impulsionadas pela necessidade das techs de expandir rapidamente no setor de inteligência artificial, evitando, ao mesmo tempo, o escrutínio regulatório. A FTC e outros reguladores estão atentos a essas práticas, avaliando se elas violam normas antitruste.
O mercado de startups de IA está mudando, e esses acordos fornecem um retorno rápido para investidores e uma oportunidade para as empresas de tecnologia adquirirem inovações de ponta. No entanto, a saída dos fundadores pode deixar as startups em uma posição precária, levantando questões sobre a equidade dos acordos para funcionários e investidores.