Ouro ficou no passado e metal mais disputado no planeta agora é outro
Pouco conhecido fora dos círculos especializados, o ródio é o metal mais precioso do mundo, superando o ouro e a platina em valor. Em março de 2021, seu preço alcançou um recorde histórico de US$ 29.800 por onça, tornando-o 17 vezes mais valioso que o ouro. Esse aumento vertiginoso de 265% nos últimos anos gerou inquietação entre investidores e consolidou o ródio como um ativo altamente desejado e imprevisível.
O ródio é essencialmente utilizado na indústria automotiva, principalmente em catalisadores que reduzem a emissão de gases tóxicos, como o óxido de nitrogênio. Com a crescente rigidez das leis ambientais, a demanda por este metal disparou.
David Holmes, vice-presidente de trading da Heraeus Metals, destaca que o compromisso da indústria automotiva com as metas ambientais impulsiona ainda mais essa demanda.
Metal é escasso no mundo
A escassez de ródio contribui para sua valorização. Extraído principalmente como subproduto da platina e do níquel, o metal é produzido em quantidades limitadas, com 80% de sua extração concentrada na África do Sul. Essa combinação de alta demanda e baixa oferta alimenta a volatilidade dos preços, criando incerteza no mercado.
Além da indústria automotiva, o ródio possui aplicações na eletrônica e joalheria, onde sua alta dureza e resistência à corrosão são altamente valorizadas. No entanto, a volatilidade do seu preço preocupa investidores, já que, apesar de atingir picos impressionantes, o ródio também pode sofrer quedas abruptas, como ocorreu em 2009, quando o preço caiu de US$ 10.000 para US$ 1.000 por onça.
Apesar de uma recente queda de 40% desde seu pico, o ródio continua sendo um metal estratégico e de alto valor, capaz de impactar significativamente as receitas das mineradoras que o produzem.