São Paulo é o estado mais caro para os brasileiros que querem comer fora de casa, ou mesmo precisam almoçar por causa do trabalho. Conforme um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), a média do custo de uma refeição completa na capital paulista é de R$ 59,67. Esse valor inclui um prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café.
Já em outras cidades da região metropolitana e do interior do estado, os preços tendem a ser mais altos. Barueri, por exemplo, lidera o ranking das cidades mais caras para almoçar, com o custo médio de R$ 60,95. Santo André não fica atrás, com uma refeição completa custando R$ 59,21, tornando-se a cidade mais cara da região do ABC.
Ainda, no interior de São Paulo, como em Jundiaí, o preço médio é de R$ 53,01, refletindo o alto custo de vida em um dos principais polos econômicos do interior paulista.
Como economizar na refeição?
Apesar de estes preços refletirem restaurantes com balança, o brasileiro pode encontrar alternativas como o tradicional “prato feito” — composto por arroz, feijão, uma proteína e bebida simples — com preço médio de R$ 31. Mesmo com essa opção, a alimentação fora de casa durante 22 dias úteis, pode custar R$ 682 ao mês, uma quantia alta quando lembramos que o salário mínimo é de R$ 1.412.
O cenário se agrava considerando o aumento de 49% no valor médio das refeições desde 2019, contrastando com um aumento de apenas 41% no salário mínimo no mesmo período. A especialista Natália Ghiotto, diretora de produtos da Ticket, ressalta então a importância dos benefícios de refeição fornecidos pelas empresas.
Segundo Ghiotto, o vale-refeição tem um impacto profundo considerando os altos custos que os trabalhadores possuem, especialmente na região Sudeste, onde uma refeição completa compromete 77% do salário mínimo.