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Novo salário mínimo ainda ficará 78% abaixo do que deveria ser

O Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional, prevê um salário mínimo de R$ 1.509, válido a partir de 1º de janeiro. O reajuste, que supera a inflação, segue a política de valorização do salário mínimo, restabelecida em 2023. A regra considera tanto a variação da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), quanto o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). 

Até novembro de 2024, o INPC acumulado foi de 3,82%, e o PIB de 2023 apresentou um crescimento de 2,91%. O aumento anunciado é de 6,87%, o que equivale a R$ 97 sobre o valor atual de R$ 1.412. 

Mesmo assim, o novo salário mínimo ainda é considerado insuficiente para cobrir todas as necessidades de uma família, segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). 

Qual seria o valor ideal do salário mínimo?

Em julho de 2023, o órgão estipulou que o valor ideal seria de R$ 6.802,88, o que torna o salário proposto para 2025 cerca de 78% menor do que o necessário. Além de afetar trabalhadores, o salário mínimo impacta benefícios previdenciários e assistenciais, como aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o que pressiona a previdência social. 

Especialistas apontam que um aumento mais expressivo poderia gerar consequências para pequenas empresas, elevando os custos de produção e influenciando a inflação. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, onde pode sofrer ajustes caso o INPC de novembro seja superior ao previsto.

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