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Dois países e indígenas disputam navio afundado que pode valer 18 bilhões de dólares

O galeão espanhol San José, considerado o naufrágio mais valioso do mundo, afundou há mais de 300 anos na costa da Colômbia, carregando ouro, prata e esmeraldas. Estima-se que o tesouro a bordo valha entre US$ 7 bilhões e US$ 18 bilhões. A disputa sobre sua posse envolve a Colômbia, a Espanha, uma empresa de salvamento dos EUA e grupos indígenas da América do Sul.

Atualmente, o caso está sob análise do Tribunal Permanente de Arbitragem em Haia. O governo colombiano expressou o desejo de resgatar o navio e expor seus restos em um museu. Por outro lado, caçadores de tesouros destacam o valor comercial da carga, gerando interesse pela sua exploração.

Os grupos indígenas, especialmente da Bolívia e do Peru, reivindicam uma parte do tesouro, argumentando que a riqueza é fruto do saque colonial realizado pelos espanhóis. Samuel Flores, representante do povo Qhara Qhara, afirma que essa carga pertence aos indígenas, já que a riqueza veio das minas de Potosí, na Bolívia.

Enquanto isso, arqueólogos e historiadores defendem que o San José deve permanecer no fundo do mar, sendo respeitado como um cemitério onde cerca de 600 pessoas perderam a vida. Para eles, o naufrágio possui um valor científico e histórico que deve ser preservado.

A situação é complexa e a falta de clareza nas leis internacionais sobre naufrágios complica ainda mais a resolução do impasse. Muitos especialistas acreditam que, sem um consenso, a disputa continuará a ser uma fonte de tensão entre as partes envolvidas.

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