Ouro é considerado ativo de segurança e proteção em momentos de crise e guerra
O cenário global de conflitos e incertezas tem impulsionado a valorização do ouro como ativo de proteção. A guerra entre Israel e Gaza, os ataques do Irã contra Israel, e a intensificação da ocupação russa na Ucrânia têm alimentado tensões geopolíticas que refletem diretamente no mercado de investimentos. O preço do ouro atingiu sua máxima histórica nesta semana, chegando a US$ 2.684,80 por onça troy, com uma valorização de 30% ao longo de 2024.
Além da busca dos investidores por segurança, os bancos centrais de países emergentes, como a China, têm adquirido grandes volumes de ouro, impulsionando ainda mais seu preço. A queda dos juros nos Estados Unidos também favorece essa tendência. O Goldman Sachs revisou suas projeções, estimando que o ouro poderá atingir US$ 2.900 no início de 2025, motivado principalmente pela redução dos juros em economias desenvolvidas e pela demanda crescente dos emergentes.
Outras instituições financeiras, como o UBS, projetam que o ouro chegue a US$ 2.750 até o final de 2024 e a US$ 2.900 em 2025. Já o Citi prevê que o metal pode alcançar a marca de US$ 3.000 no próximo ano. Essas previsões são reforçadas pela expectativa de que o Federal Reserve inicie cortes de juros, o que, junto ao enfraquecimento do dólar, tende a beneficiar ainda mais o ouro.
Com taxas de juros globais em queda e riscos geopolíticos elevados, analistas acreditam que o ouro manterá sua trajetória ascendente até 2025, consolidando-se como uma proteção contra crises, incertezas financeiras e recessões.