O governo brasileiro, como maior acionista da Petrobras, deve receber R$ 34,5 bilhões em dividendos da estatal. Essa quantia resulta da aprovação de um pagamento extraordinário, que corresponde a 50% dos dividendos adicionais que a empresa havia retido.
A Petrobras anunciou que, somando os dividendos e tributos a serem pagos, o montante total para a União e outros entes públicos alcançará R$ 274,7 bilhões em 2023. Desse total, R$ 240,2 bilhões são referentes a tributos próprios, retidos e participações governamentais no Brasil.
Atualmente, o governo detém 28,67% de participação direta no capital social da Petrobras. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) possui mais 1,04%, enquanto o BNDESPar, seu braço de participações, detém 6,90%. O recebimento desses dividendos é um alívio significativo para as finanças públicas, especialmente em um momento em que o governo busca aumentar a arrecadação e cumprir metas fiscais.
Recentemente, a assembleia geral de acionistas da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 21,9 bilhões em dividendos extraordinários, que se somam aos R$ 43,9 bilhões em proventos que estavam retidos desde março. Essa decisão foi tomada após a companhia ter anunciado anteriormente que pagaria apenas o mínimo obrigatório, o que resultou em uma queda acentuada das ações da empresa.
Com o anúncio do pagamento extraordinário, as ações da Petrobras mostraram sinais de recuperação. A ação preferencial da companhia subiu 2,4%, enquanto a ação ordinária teve um avanço de 2,3% na bolsa, refletindo a reação positiva do mercado.