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O que está levando as montadoras a desistirem dos carros elétricos?

Nos últimos anos, diversas montadoras firmaram compromissos ambiciosos para eletrificação, prometendo produzir apenas veículos elétricos até 2030. No entanto, esse cenário está mudando. Gigantes como General Motors (GM), Ford e Volvo estão revendo suas estratégias e admitindo que não abandonarão totalmente os carros a combustão.

A GM foi uma das pioneiras ao anunciar sua mudança de rumo. Em vez de focar apenas em veículos elétricos, a montadora agora prioriza a produção de híbridos a partir de 2030. A Ford seguiu o mesmo caminho, considerando a continuidade da venda de carros à combustão na Europa, apesar das diretrizes da União Europeia que visam a eliminação desses veículos até 2035. A Volvo também recuou de sua meta inicial, optando por concentrar-se em híbridos plug-in devido à queda na demanda por elétricos na Europa.

Entre os principais fatores que influenciam essa decisão estão a falta de incentivos governamentais e a infraestrutura de carregamento insuficiente. Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), destacou que sem apoio governamental, o ritmo de eletrificação diminui.

Além disso, um relatório do Goldman Sachs revela uma queda nos emplacamentos de veículos elétricos, que despencaram quase pela metade após um pico em dezembro. Fatores como desvalorização de automóveis usados e incertezas políticas também impactam a adoção.

Enquanto o mercado global enfrenta desafios, o Brasil mostra um cenário diferente. As vendas de carros elétricos no país cresceram 146% no primeiro semestre de 2024, impulsionadas pela novidade do produto e restrições tributárias. Contudo, ainda há um longo caminho a percorrer na expansão da infraestrutura de carregamento.

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