Uiramutã, localizada no estado de Roraima, foi recentemente classificada como a pior cidade do Brasil para se viver, segundo o Índice de Progresso Social (IPS). Com uma pontuação alarmante de 37,63 em uma escala que vai até 100, a cidade enfrenta sérios desafios socioeconômicos.
Situada no extremo norte do país, perto das fronteiras com a Venezuela e a Guiana, Uiramutã lida com problemas críticos de infraestrutura. Os moradores enfrentam dificuldades na coleta de resíduos sólidos e a iluminação pública é deficiente. O sistema educacional também está comprometido, com escolas que carecem de recursos adequados, limitando o acesso a uma educação de qualidade.
A saúde pública é outra preocupação significativa, evidenciada pelos altos índices de mortalidade infantil. A situação econômica dos habitantes é desafiadora, com a renda per capita entre as mais baixas do Brasil, perpetuando o ciclo de pobreza na região.
Os dados do IPS revelam contrastes marcantes entre as regiões do Brasil. Enquanto o Norte, especialmente a Amazônia Legal, abriga a maioria dos municípios com baixo progresso social, o Sudeste exibe condições de vida mais favoráveis. Um exemplo positivo é Gavião Peixoto, em São Paulo, que obteve uma pontuação alta no índice.
Entre as capitais, Brasília destaca-se com resultados expressivos, enquanto Porto Velho, em Rondônia, apresenta uma das pontuações mais baixas. O IPS é fundamental para a formulação de políticas públicas que visem equidade e desenvolvimento sustentável no país, apontando as áreas que mais necessitam de atenção e ação governamental.