Receita Federal faz leilão das folhas de pagamentos do INSS: Bancos demonstram interesse
A Receita Federal realizou o leilão da folha de pagamentos do INSS para o período de 2025 a 2029, com previsão de gerar R$ 6 bilhões anuais para os cofres do Tesouro Nacional. Mesmo com uma decisão judicial suspendendo uma nova regra para o crédito consignado, o certame foi retomado na quarta-feira (23), atraindo a atenção de 25 instituições financeiras.
Nas primeiras horas, o leilão superou as expectativas do governo, segundo Alessandro Stefanutto, presidente do INSS. Ele destacou o elevado número de ofertas, com 26 lotes em disputa. A previsão é que o processo termine até sexta-feira (25), com um cenário favorável para o governo.
No entanto, a disputa judicial segue em curso. A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) contestou a nova normativa, que permitia a contratação imediata de crédito consignado com a primeira instituição pagadora do benefício, exigindo um período de 90 dias para outras instituições oferecerem serviços. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) acatou o pedido e suspendeu a regra, mas Stefanutto está confiante na reversão da liminar.
A inovação no leilão inclui a obrigatoriedade de que as instituições financeiras tenham ao menos um caixa eletrônico ou físico para o pagamento dos benefícios. O INSS estima que 437.322 benefícios serão pagos mensalmente, com valor médio de R$ 1.824,67, sendo 46% permanentes e 54% temporários, como o auxílio-doença.
O objetivo da nova regra do consignado, segundo Stefanutto, é garantir mais direitos aos aposentados e evitar o assédio bancário, problema recorrente no mercado. Se a disputa judicial persistir, o INSS pode realizar um novo leilão para reduzir a insegurança entre os bancos.