Estudo da Harvard revelou as melhores cidades brasileiras para se viver
Um estudo recente da Universidade Harvard, liderado pelo professor Michael Porter, apresentou o Índice de Progresso Social (IPS), uma ferramenta inovadora que mede o bem-estar das populações sem recorrer a indicadores econômicos tradicionais. O IPS avalia a qualidade de vida em cidades brasileiras, oferecendo insights valiosos para formuladores de políticas públicas.
Entre as cidades brasileiras, Gavião Peixoto, Brasília e São Carlos emergem como as melhores para se viver. Gavião Peixoto destaca-se pela qualidade de moradias e pelo sistema de saneamento básico. Brasília, a capital do país, é notável por sua infraestrutura, nutrição e cuidados médicos, atendendo a uma população de aproximadamente 2,8 milhões de habitantes. São Carlos, também em São Paulo, apresenta um bom desempenho em infraestrutura essencial.
O IPS analisa três dimensões principais: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades. Com base em 53 indicadores, o relatório revela tanto os melhores desempenhos quanto as disparidades sociais e econômicas no Brasil.
No que diz respeito às capitais, apenas Brasília e Goiânia figuram entre as melhores cidades. Outras capitais, como Belo Horizonte, Florianópolis e Curitiba, se destacam em categorias específicas. Florianópolis e Porto Alegre lideram em Acesso à Informação e Comunicação, enquanto Belo Horizonte se destaca na Educação Superior. Curitiba é reconhecida pela qualidade do meio ambiente e saneamento.
O estudo classifica as cidades em nove níveis de progresso social, evidenciando a desigualdade entre regiões. As cidades do Tier 1, que incluem as melhores classificações, concentram 29% da população, enquanto áreas menos desenvolvidas, localizadas na Amazônia Legal, enfrentam desafios significativos para o desenvolvimento equilibrado.