Uso de Inteligências Artificiais Pode Impactar nas Mudanças Climáticas?
O avanço das tecnologias de inteligência artificial (IA) está provocando um aumento significativo no consumo de energia global, com possíveis impactos nas mudanças climáticas. Data centers, responsáveis por armazenar e processar grandes volumes de dados, são hoje responsáveis por 1% a 1,5% da energia consumida no mundo. Esse número pode dobrar até 2030, impulsionado pela crescente demanda por IA e outras inovações tecnológicas.
Em resposta a essa demanda, gigantes como Amazon, Google, Microsoft e Meta estão buscando fontes alternativas de energia, como a nuclear. A Microsoft, por exemplo, reabrirá sua usina nuclear em Three Mile Island, enquanto o Google firmou parcerias para utilizar pequenos reatores nucleares. A aposta nessas fontes de energia visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e suprir o consumo crescente de eletricidade dos data centers.
Apesar de ser uma fonte controversa, a energia nuclear é uma das opções mais eficientes e de baixo carbono, sem emissões de CO2 durante sua operação. No entanto, os riscos associados a acidentes e a gestão de resíduos nucleares continuam sendo barreiras importantes para sua adoção em larga escala.
Além disso, a elevação do consumo de energia e a necessidade de resfriamento dos equipamentos de IA podem aumentar ainda mais as emissões de gases de efeito estufa e o consumo de água, colocando em risco o cumprimento das metas climáticas globais. No Brasil, o governo já se prepara para enfrentar essa nova realidade, com o ministro de Minas e Energia defendendo o uso da energia nuclear para atender à crescente demanda.
O futuro das IAs e seu impacto climático dependerão de como as empresas e governos lidam com a sustentabilidade e a eficiência energética.