Fim da jornada de trabalho de 6×1: Como a mudança de lei vai afetar os trabalhadores?
A deputada Érica Hilton (PSOL-SP) propôs uma emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a jornada de trabalho 6×1, em que os profissionais laboram seis dias consecutivos e descansam apenas um. A proposta, que já conta com 1,3 milhão de assinaturas em petição pública, busca garantir mais qualidade de vida e dignidade para os trabalhadores.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, permite jornadas de seis dias, desde que haja pelo menos um dia de descanso semanal. A Constituição assegura o repouso semanal remunerado, mas sem especificar a duração do descanso, deixando a definição para a CLT. A proposta de Hilton visa alterar essa condição, destacando o impacto negativo da jornada 6×1 na saúde e no bem-estar dos empregados.
O movimento “Vida Além do Trabalho” (VAT), liderado por Rick Azevedo, deu impulso à ideia, e o apoio nas redes sociais tem sido crescente. No Congresso, Hilton já arrecadou 71 das 171 assinaturas necessárias para avançar com a proposta. Após isso, serão necessários 308 votos em dois turnos para que a mudança seja oficializada.
A jornada 6×1 é comum em setores como comércio, serviços bancários, saúde e segurança, onde a demanda por trabalho contínuo é alta. A proposta busca garantir mais tempo livre para o trabalhador, permitindo que ele se dedique a atividades pessoais, familiares ou de qualificação.
Se aprovada, a mudança representa uma importante vitória para a qualidade de vida dos trabalhadores, ao reduzir os impactos de jornadas excessivas e melhorar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.