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Emirados Árabes está investindo em nova planta brasileira que pode substituir a soja na produção de biocombustível

Os Emirados Árabes Unidos estão apostando R$ 15 bilhões na macaúba, uma planta nativa do Brasil com potencial de revolucionar o mercado de biocombustíveis. O investimento será realizado por meio da Acelen Renováveis, que já iniciou a construção de uma fábrica em Mataripe, na Bahia, para produzir combustível sustentável de aviação (SAF) a partir da planta.

A macaúba destaca-se por sua alta produtividade: pode gerar até sete vezes mais óleo por hectare que a soja. Além de ser utilizada para biocombustíveis, também possui aplicações em alimentos e cosméticos. Essa versatilidade, somada ao potencial de cultivo em áreas degradadas, coloca a planta como uma promessa para o agronegócio sustentável.

O projeto prevê a recuperação de pastagens degradadas, transformando-as em campos produtivos. Essa abordagem não só contribui para a preservação ambiental, como também pode gerar créditos de carbono, alinhando-se às metas globais de combate ao aquecimento global.

Com o investimento, espera-se movimentar R$ 90 bilhões na próxima década e criar cerca de 90 mil empregos diretos e indiretos. A iniciativa é vista como uma oportunidade de reposicionar o Brasil como líder no mercado global de biocombustíveis.

Apesar das perspectivas positivas, o cultivo da macaúba ainda enfrenta desafios, como a eficiência no processamento do óleo. A parceria entre Acelen e Embrapa busca superar esses obstáculos por meio de inovação tecnológica e seleção genética.

A possibilidade da macaúba competir com a soja ainda é incerta, mas especialistas acreditam que, com os avanços esperados, a planta pode se tornar tão relevante quanto a soja, transformando o cenário do agronegócio brasileiro.

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