O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) tem gerado polêmica após a divulgação de uma lista de beneficiários, incluindo artistas e influenciadores digitais. Pelo menos R$ 70 milhões foram distribuídos a grandes nomes, como parte de um apoio do governo federal ao setor de eventos pós-pandemia.
Entre os mais beneficiados estão Gusttavo Lima, com R$ 18,8 milhões, e Felipe Neto, cuja empresa, a Play9, obteve R$ 14,3 milhões. Outros artistas que também receberam valores significativos incluem Ana Castela (R$ 9,4 milhões), Simone Mendes (R$ 8,8 milhões) e Ludmilla (R$ 5,7 milhões).
Embora o programa tenha sido criado para apoiar o setor de eventos, muitos dos beneficiados, como Felipe Neto, não atuam diretamente nesse ramo. A Play9, por exemplo, justificou a utilização do benefício alegando que sua atuação se enquadra nas normas do Perse, conforme os critérios da Lei.
Em resposta a críticas e suspeitas de fraudes, o Congresso aprovou mudanças no início deste ano, incluindo um teto de R$ 15 bilhões para todos os beneficiários do programa. Além disso, 14 atividades foram excluídas do Perse, como transporte marítimo de passageiros e atividades de museus.
A divulgação dos valores gerou debate sobre o uso dos recursos públicos, com muitos questionando a elegibilidade de algumas empresas. O governo segue defendendo o programa como uma medida essencial para a recuperação econômica do setor de eventos.