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Quais os impactos na companhia após o “boicote ao Carrefour” no Brasil?

Nos últimos dias, o boicote ao Carrefour Brasil (CRFB3) ganhou força, impactando as operações da companhia. Principais produtores de carne bovina do Brasil, como JBS, Marfrig e MasterBoi, interromperam o fornecimento de carne para as lojas da varejista, em resposta a uma declaração do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard. O executivo anunciou a suspensão das compras de carne do Mercosul, alegando não conformidade com os padrões franceses.

O boicote, iniciado no dia 22 de novembro, afetou mais de 100 lojas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club. Estima-se que a escassez de carne bovina se intensifique em breve. Embora os produtores esperem uma retratação do Carrefour, o impacto imediato nas vendas pode ser significativo.

Especialistas, como o Bradesco BBI, destacam que a carne bovina representa cerca de 4% a 5% das vendas totais da empresa, sendo um produto chave para atrair consumidores. A situação ainda é incerta, pois a velocidade do desabastecimento e o nível de escassez nas lojas são difíceis de prever. Apesar disso, o banco mantém uma recomendação positiva para as ações do Carrefour, com preço-alvo de R$ 10.

O JPMorgan, por sua vez, aponta que a escassez já atinge 30% a 40% das lojas e que o boicote pode aumentar a volatilidade das ações. A expectativa de uma solução rápida, como desculpas formais do CEO, pode minimizar os impactos no curto prazo.

Em meio ao cenário de incerteza, o Carrefour enfrenta desafios para manter sua operação estável, especialmente com a proximidade da Black Friday e a inflação crescente. A volatilidade nas ações da empresa deve continuar à medida que os desdobramentos do boicote se desenrolam.

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