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Chegou ao fim o pagamento do abono salarial para esses brasileiros?

O governo federal propôs uma mudança significativa no abono salarial, que afetará milhões de trabalhadores a partir de 2026. A medida, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, sugere a exclusão do benefício para aqueles que ganham até dois salários mínimos mensais. A nova regra reduzirá gradualmente o limite de elegibilidade, estabelecendo um teto de 1,5 salário mínimo até 2035.

Atualmente, o abono salarial é pago a trabalhadores com remuneração de até dois salários mínimos, com valor de até 1 salário mínimo anual, variando conforme o tempo trabalhado no ano-base. A proposta prevê uma transição progressiva, começando em 2026 com um limite de 1,95 salário mínimo, e continuando até alcançar o limite de 1,5 salário mínimo em 2035.

O objetivo da mudança é gerar uma economia de R$ 18,1 bilhões até 2030, ajudando a aliviar o orçamento público, que viu os gastos com o benefício crescerem de R$ 25,6 bilhões em 2023 para R$ 28 bilhões em 2024. A expectativa é que esses custos ultrapassem R$ 30 bilhões em 2025.

A principal justificativa para a alteração, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é que o abono perdeu relevância diante de programas sociais mais abrangentes. Além disso, o aumento do salário mínimo acima da inflação fará com que menos trabalhadores se qualifiquem para o benefício.

Essa mudança promete dividir opiniões, com muitos defendendo a continuidade do abono como uma fonte importante de complemento de renda para os brasileiros de menor renda. A proposta começa a valer em 2026, caso seja aprovada pelo Congresso, e promete ser um tema quente nas eleições do próximo ano.

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