Um recente estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) revelou que pela primeira vez desde 2016, os bancos públicos ultrapassaram os bancos privados em carteira de crédito. Entre março de 2022 e março de 2023, os bancos estatais viram um crescimento de 13,78%, superando o crescimento dos bancos privados, que foi de 10,89%.
Essa ascensão não é apenas numérica, ela reflete diretamente na economia nacional. Os bancos públicos, incluindo gigantes como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, responderam por 44,3% das operações de crédito em 2022. Além disso, instituições regionais, como Banese, Banestes, Banpará, Banrisul, Basa, BNB e BRB, contribuíram significativamente para o crescimento econômico, combatendo desigualdades sociais e regionais.
Mas para além dos números, qual é o verdadeiro papel dessas instituições?
Os bancos públicos têm sido uma âncora para a inclusão financeira, possibilitando o acesso aos serviços bancários para a população de baixa renda. Além disso, desempenham um papel essencial no controle da concorrência. Apesar de serem minoria entre os cinco maiores bancos do país, os bancos estatais contribuíram com 39% dos resultados, comparados aos 61% dos três grandes bancos privados. Eles competem vigorosamente, oferecendo taxas de juros mais baixas e custos menores, mantendo assim um mercado mais equilibrado.
Esses resultados não apenas destacam a relevância dos bancos públicos no cenário econômico, mas também evidenciam sua função social. Eles não apenas impulsionam o crescimento financeiro, mas atuam como agentes de inclusão e equidade, abrindo caminho para um sistema bancário mais acessível e justo para todos os brasileiros.