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Elon Musk tem notícia desagradável que raramente costuma ouvir

Na rara esfera em que vive o bilionário Elon Musk, enfrentar situações desconfortáveis não é comum. No entanto, uma juíza do estado de Delaware, nos Estados Unidos, enviou-lhe uma mensagem clara esta semana: um “não” firme. A chefe da Chancelaria, Kathaleen McCormick, rejeitou o pacote salarial de 2018 da Tesla, rotulando-o como “excessivo”.

A decisão, suscetível a recurso, pode implicar uma perda significativa para Musk, superando os US$51 bilhões (R$252,6 bilhões) em ativos. A Bloomberg estima que, mesmo assim, Musk permaneceria como a terceira pessoa mais rica do mundo. Esse revés financeiro, no entanto, destaca uma raridade: a vulnerabilidade de um magnata que raramente se sente encurralado.

Este episódio reflete uma tendência recente nos tribunais dos Estados Unidos, onde líderes empresariais poderosos estão sendo confrontados. Na mesma semana, um júri em Nova York ordenou que o ex-presidente Donald Trump pague US$ 86 milhões (R$ 426 milhões) em indenizações por abuso sexual. O ex-chefe da World Wrestling Entertainment, Vince McMahon, renunciou após alegações de tráfico e abuso sexual.

Musk, Trump e McMahon compartilham históricos de evasão de consequências, mas as decisões judiciais desta semana delineiam os limites dessa evasão. O professor de Direito da Columbia, Eric Talley, enfatiza que as decisões judiciais devem servir como um lembrete para outros empresários: “O sistema de litígio realmente funciona”.

Não é a primeira vez que a juíza McCormick cruza o caminho de Elon Musk. Em 2022, ela supervisionou o processo do Twitter contra Musk, mostrando pouca paciência com suas táticas de protelação. Seu histórico reflete a postura firme de que as regras que se aplicam a todos também se aplicam a figuras imponentes. 

Em tempos de desafios judiciais, o magnata do setor automotivo tem agora uma notícia desagradável que raramente costuma ouvir: um não decisivo do sistema legal.

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